Encorajemo-nos!

“O correr da vida embrulha tudo.

A vida é assim: esquenta e esfria,

aperta e daí afrouxa,

sossega e depois desinquieta.

O que ela quer da gente é coragem”.

Guimarães Rosa

Coragem... Mostra-se de forma às vezes tímida, desapercebida, nada parecida com os grandes atos de bravura que associamos a ela, mas tão presente no nosso dia-a-dia que em muitos momentos não a denominamos de maneira adequada.

A coragem está no instante que converso comigo mesmo e falo: “isso não é para mim...”, “não, não quero isso que todo mundo quer...”; “não é essa a vida que quero levar...”, “quero mudar!”. A coragem está dentro da minha vontade genuína e não naquilo que convencionalmente achamos que temos que querer. Quando associamos a nossa real vontade com a coragem, seguimos em frente e, mesmo diante das dificuldades, dos desânimos, podemos continuar.

Mãe Mulher: Tantos Papéis... Uma só Pessoa!

No dia 16/05/12, estive no Colégio São Miguel Arcanjo, com a palestra Mãe-Mulher: Tantos papéis ... Uma só Pessoa. Foi um ótimo momento de conversa com mães que estão acompanhando seus filhos de diferentes faixas etárias, no qual tivemos a oportunidade de realizarmos boas trocas e sairmos com a certeza de que precisamos nos cuidar primeiro para podermos cuidar de alguém. Agradeço a participação de todos que lá estiveram e o convite do Colégio.

Ser Mãe: Fazer parte do Mistério

Eu não queria ser mãe. Para mim, a maternidade sempre foi algo ideologicamente valorizado, um dado imposto para as mulheres, com dificuldades não muito faladas e somente um lado glorificado. Então, achava que era preciso apenas me prevenir e evitar esse encontro. No entanto, descobri-me grávida. Enxerguei-me na seguinte situação: “não é você quem decide (...) A vida que está em você decide”.[1]

A gravidez foi um período de ansiedade e mistério. Ansiedade por não ter idéia de como me sairia como mãe e mistério por gerar algo sem saber como se dá esse processo – algo cresce e adquire vida em você, modifica seu corpo e suas emoções. Passei a ser uma chorona de primeira na gestação, sendo que antes continha as menores sensações...

Fechamentos

Vocês já viveram certas ocasiões em que ficaram com uma angústia que não cessa?! Aqueles dias em que parece que tudo não anda bem?! Instantes longos em que reduzimos todos os acontecimentos?! Enfim, um certo mal estar que nos confunde e desorienta?! Pois bem, esses momentos podem remeter a um grande fechamento dos acontecimentos que nos cercam e contribuem para ficarmos mais defensivos, inseguros e com uma necessidade de proteção das mínimas intercorrências que possam aparecer.

Boa Páscoa para Todos!

Basicamente, páscoa significa passagem. É simplesmente isso - uma passagem, uma travessia, um caminho - algo que nos leva de um ponto a outro. Na passagem, não temos garantia de nada, somente da insistência em percorrer o que nos propomos. Mas quantas vezes não desanimamos durante a caminhada e até desistimos?

O que pode nos levar a continuar e persistir? Acredito que a resposta esteja na promessa - "promessa de vida no teu coração", como nos diz a velha canção de Tom Jobim. Se esquecermos de atentarmos ao que o nosso coração nos fala e a promessa que lá reside, tudo em torno fica vulnerável às circunstâncias, nos reduzimos a estas e não ao trajeto a ser percorrido.

Portanto, nesta páscoa, qualquer que seja a passagem que cada um deva fazer - da escravidão para a liberdade de si, da morte para a vida realmente vivida - que a travessia nos leve a um encontro: o encontro conosco mesmos! Pois somente nesse encontro há a possibilidade da transcendência...

Paradigmas

Estava outro dia lendo o blog Lagarta vira Pupa e havia o relato de uma mãe que precisava “furar” a fila de um supermercado para atender o seu filho. Embora os caixas tenham sido muito solícitos, uma das pessoas que também estava na espera solta que lugar de deficiente é em casa. Esta aí uma coisa que concordo plenamente, mas primeiro a gente tem que definir o que é deficiente.

Afinal, o que eu tenho realmente buscado?

Acho que nunca fizemos tanto quanto na época atual. Desde a evolução tecnológica das duas últimas décadas até a correria no trânsito das grandes cidades, temos que estar sempre em movimento. O tempo não para e por isso ficamos sempre com algo na cabeça, com a necessidade de realizar mil e um projetos em um dia apenas.

Mesmo quando estamos ociosos não paramos! Não nos concentramos naquilo que também não estamos a fazer e ficamos sempre com algo ali... perturbando. Nem nos momentos de pausas temos conseguido nos silenciar e, então, fico pensando: como realmente nos ocupamos daquilo que fazemos?

Quero Ser Grande

Ansiamos pela vida adulta: quando crianças estamos sempre na expectativa dos anos que vêm pela frente; na juventude queremos logo ser donos de nós mesmos, termos a tão sonhada independência; mas e quando realmente chegamos à fase adulta, o que nos leva a verificar que estamos “grandes”? Afinal, o que é ser adulto?